O
aroma do café
Lá estava eu, sentada, apenas acompanhada
de meu fiel mordomo. Sentia algo estranho, não sabia explicar de onde vinha
aquela sensação. Ele me servia uma xícara de café bem forte, eu não dormia
havia dois dias, algo estava me incomodando. Segurei a xícara e a levei bem
perto de meu rosto até sentir sua fumaça quente perto de minha boca. O aroma do
café me invadiu, parecia que eu já havia sentido aquele cheiro.
- Júlia, venha cá menina! – a minha mãe me chamava, e eu a atendia,
correndo até ela.
Eu tinha nove anos e estava num restaurante
com minha irmã e minha mãe. Estava lotado e era de manhãzinha, tínhamos acabado
de voltar de uma viagem longa e dava pra sentir o cheiro do café desde a
entrada do restaurante. O sol acabara de nascer, estava frio, e as pessoas
conversavam calmamente. Eu e minha irmã estávamos brincando em um tobogã e
nossos estômagos roncavam. Nossa mãe trouxera leite e pão torrado para nós
duas, mas eu
queria provar o café que deixava o aroma no restaurante. E provei.
Estava delicioso.
E assim também estava o café de meu mordomo,
uma delícia. Peguei-me dando um sorriso. Minha irmã,
minha mãe e nossas aventuras. Acabei descobrindo meu problema. Estava com
saudade de minha família.
Nome: Júlia Fortunato 8ª série C
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