Dia de Grêmio
Caminhando pelas estreitas ruas do centro de Campinas, num
dia lindo e quente, entrei em um antigo armazém para comprar uma garrafa de água
e assim me refrescar. Ao sair, deparo-me com um tumulto na frente da catedral.
Era a fanfarra militar se apresentando, com direito a várias músicas, aliás,
bastante conhecidas. Uma em especial chamou minha atenção, só que não me vinha à cabeça onde já as havia
escutado... Continuei ouvindo e vi a cena.
Estava nos arredores do estádio, me deslocava para o portão
de entrada, o mítico portão 10, com a torcida Geral do Grêmio, que fazia aquela festa. Todos tocavam seus
instrumentos, cantavam, pulavam e gritavam até não poder mais. A melodia era
entoada por todos. Uma melodia conhecida, mas com a letra adaptada à situação
ali vivenciada.
Coloquei meu ingresso na catraca e entrei. Arrepiei-me,
fiquei impressionado com aquilo, nada substituiria minha felicidade por estar
vivendo aquilo.
Acomodei-me na arquibancada, estendi minha faixa na mureta,
fiz minha habitual reza, peguei minha bandeira e a tremulei sobre o lindo céu
de Porto Alegre, esperando o jogo começar impulsionado aos gritos de
“GRÊMIO, GRÊMIO, GRÊMIO..’’
Que dia, que jogo.
Espero acabar a música, jogo no lixo minha garrafinha.
Encaminho-me ao ponto de ônibus e volto para casa.
Henrique
Müller – 8ª série C
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