quarta-feira, 31 de julho de 2013

27º conto com a técnica do flashback


Viagem às pressas

Era domingo.  Eu estava deitada no sofá, pensando no que fazer, então por falta de opção decidi arrumar minhas coisas.

Comecei por um pequeno baú antigo que eu mesma fiz quando era menor. Quando o abri, a primeira coisa que vi foi um pequeno chaveiro na forma de um cavalo marinho. Comecei a girá-lo em minhas mãos, observando suas cores.

Minha mãe estava arrumando as malas para voltar a Campinas e insistia em que eu a ajudasse, mas não estava encontrando meu chaveiro.

Fui até meu pai e pedi para que ele me ajudasse a procurar meu querido objeto. Reviramos tudo do hotel, do nosso quarto até o hall do lugar, mas não o encontramos. Depois disso disse que não iria embora sem o chaveiro.

Brava, minha mãe dizia que o Pau de Arara* partiria em menos de uma hora e que não haveria tempo para comprar outro, mas meu pai, sempre otimista, disse que iria comigo até a loja, compraria o objeto e chegaria a tempo de pegar o veículo para voltar para casa.

Então, andamos pela praia até a loja onde tínhamos comprado o pequeno chaveiro. Quando chegamos ao lugar, comprei outro igual e voltamos apressados ao hotel, onde o resto dos turistas nos esperava impacientes.

Ouvi minha mãe me chamando para ir almoçar. Guardei o chaveiro e coloquei o baú de volta no armário, com um sorriso no rosto. Depois, fui até a cozinha.

* Pau de a Arara é um meio de transporte irregular, muito utilizado no Nordeste do Brasil.


Mariana Cotrim    8ª série B

26º conto com a técnica do flashback





Vem cá!

  Era um domingo de verão, quente e ensolarado. Estava na praia, deitada em uma cadeira de sol com um protetor solar, uma garrafinha de água e óculos de sol, esperando o dia acabar para poder voltar ao Hotel. 

  Sinceramente não gosto muito de praia, pessoas suadas correndo atrás de uma bola, areia em toda parte, água com sal e um sol de trincar a pele... Literalmente. Fecho meus olhos e ouço minha mãe me chamar:

  - Rafa, a água esta uma delicia! Vem cá!

  Sem abrir os meus olhos, apenas respondo que agora não.

  Ouço uma gritaria e ignoro, porém minha mãe fala de novo:

  - Rafa, a água esta uma delicia! Vem cá!

  Ao abrir meus olhos, estava em um parque aquático enorme, sem areia e água salgada. Corro em direção aos brinquedos. Admito aquela tarde foi boa, mas o sol já estava se pondo. Entro no último brinquedo, que era um escorregador. Ouço uma voz ao fim do túnel. Era minha mãe dizendo:

  - Vem cá!

  Ao sair do escorregador caio em pura água salgada e havia areia entre meus dedos. Ouço de novo:

  - Vem me ajudar a lavar esses potinhos que estão cheios de areia.

   Ah... não tinha jeito. Mas seria bom estar naquele parque novamente, e não em meio a tanta areia. Mas fazer o quê? Melhor tentar aproveitar o passeio.



Rafaela Mikami   8ª série B
25º conto com a técnica do flashback



O aroma do café
   
     Lá estava eu, sentada, apenas acompanhada de meu fiel mordomo. Sentia algo estranho, não sabia explicar de onde vinha aquela sensação. Ele me servia uma xícara de café bem forte, eu não dormia havia dois dias, algo estava me incomodando. Segurei a xícara e a levei bem perto de meu rosto até sentir sua fumaça quente perto de minha boca. O aroma do café me invadiu, parecia que eu já havia sentido aquele cheiro.

   - Júlia, venha cá menina!  – a minha mãe me chamava, e eu a atendia, correndo até ela.

    Eu tinha nove anos e estava num restaurante com minha irmã e minha mãe. Estava lotado e era de manhãzinha, tínhamos acabado de voltar de uma viagem longa e dava pra sentir o cheiro do café desde a entrada do restaurante. O sol acabara de nascer, estava frio, e as pessoas conversavam calmamente. Eu e minha irmã estávamos brincando em um tobogã e nossos estômagos roncavam. Nossa mãe trouxera leite e pão torrado para nós duas, mas eu 
queria provar o café que deixava o aroma no restaurante. E provei. Estava delicioso.
    
E assim também estava o café de meu mordomo, uma delícia. Peguei-me dando um sorriso. Minha irmã, minha mãe e nossas aventuras. Acabei descobrindo meu problema. Estava com saudade de minha família.

Nome: Júlia Fortunato       8ª série C

24º conto com a técnica do flashback


                        Os rastros dos famosos na rua da fama

  Em uma tarde de sexta feira, convidei minhas amigas para assistirmos ao filme ‘’Piratas do Caribe e o baú da morte’’, que iria passar pela primeira vez na televisão, com aqueles atores e atrizes famosos; a história ficaria mais favorecida ainda pelas interpretações e emoções deles.

   Assim que começou a passar o filme, em um dos primeiros enunciados apareceu o nome de Johnny Deep. Até a grafia era a mesma...
Eu estava sentada na calçada da fama, estava colocando a minha mão em cima da mão do Johnny Deep, que por sinal era muito grande.

 Estava muito sol, mas isso não nos atrapalhou de ir conhecer este lugar maravilhoso. Estávamos na frente do Chinese Teather onde muitos famosos recebiam o óscar, como Marilyn Monroe, que também deixou a marca de suas mãos e salto no cimento amarelado em frente dele. Ali pude ver várias outras assinaturas de outros atores como, até mesmo do trio almejado por vários jovens, Daniel Radcliffe, Emma Watson e Rupert Grint o trio ‘’Harry Potter’’.

   Ao ouvir a voz de Johnny Deep, as meninas gritaram eufóricas, porque são super fãs. Ele atuou tão bem quanto aquela vez em que ele rendeu uma placa na calçada da fama e um Oscar no papel de ator principal.

   Os jovens de hoje adoram os filmes em que ele participa, pois o jeito que ele transmite a emoção para nós é ótimo.

   Todos nós voltamos para nossas casas, estou contando os dias para voltar a andar nas ruas de Hollywood.

 Fabiana Correia Bianco  8ª série B


23º conto com a técnica do flashback



O sol no Rio

Eu estava indecisa, onde ir primeiro? O Rio de Janeiro é tão lindo, tão grande e com tantos lugares que é difícil escolher em qual ir primeiro. Ainda no aeroporto, eu aguardava as malas, é engraçado, porque quando se está animada para começar logo seu tour, sua mala será a última da esteira, e a minha não fugiu à regra, claro.
O aeroporto não tinha nada de bonito, é decepcionante como uma cidade daquele porte, que recebe milhares e milhares de turistas, pode ter um aeroporto meia sola. Ele funcionava bem, mas a fachada merece um zero. Fora daquele lugar eu já conseguia sentir os fortes raios batendo no meu rosto, o cheiro daquela cidade é tão agradável, parecia puro, impossível de ser comparado.
Claro que, quando se chega de uma viagem, sua primeira parada é no hotel, toda aquela coisa de check-in me deixa realmente entediada, é muita perda de tempo! Porém, faz parte. Uma coisa que eu estranhei foi o recepcionista. Ele era realmente pálido, mas com os lábios muito vermelhos, aquilo era estranho? E o jeito, nervoso, atendia as ligações muito rapidamente, como se estivesse sendo espiado por fazer algo errado.
Hora de decidir meu primeiro destino, o primeiro local que veio à minha cabeça foi o famoso Cristo Redentor, mas eu quis fugir da mesmice, meu primeiro local então foi o morro do Pão de Açúcar. Escolha certeira para aquela manhã tão ensolarada, não havia melhor opção.
Consegui um ônibus bem perto do hotel. Como eu não conhecia as linhas, pedi ajuda, não estava a fim de me perder em meu primeiro dia. Tomei o ônibus certo, desci na porta da estação do famoso bondinho. A moça da bilheteria tinha um jeito familiar também, acho que igual ao do rapaz da recepção do hotel. No Pão de Açúcar, antes de chegar ao topo, existe uma outra parada, a vista dali já era linda, fiquei imaginando a do topo.
Eu observava o heliporto enquanto tomava minha Coca. Eu esperava ver algum helicóptero de algum famoso, afinal, o Rio é a casa dos famosos brasileiros. Mas não foram bem artistas que desceram dali. Outros dois rapazes, pálidos e com lábios vermelhos desceram. Seria todos da mesma família? Aquilo realmente me impressionava. Dei meia volta e continuei meu caminho. Cheguei ao topo, era realmente lindo!
Fiquei o dia todo fora, de noite, eu estava descansando no meu quarto quando de repente as luzes se apagaram. Tive que descer até a portaria e falar com o recepcionista esquisito. Ele não estava lá, tudo estava no maior silêncio. Olho em volta, nada. Tentei me acalmar, mas era impossível, virei para correr para o elevador, dei de cara com o recepcionista, que estava segurando uma faca. Meu grito de espanto deve ter acordado o hotel inteiro. Ele mesmo se assustou, e calmamente falou:
- Calma moça, não vou machucá-la.
- Não chegue perto de mim!
- Você é como todos, pensam que eu sou mal por causa da minha aparência. Pois digo uma coisa, isso é de família, sou normal se quer saber. Aliás, venha conhecê-los.
Ele puxou-me pelo braço, eu tremia tanto que não falei nada. Chegamos ao salão de festas do hotel. Ele me acomodou em uma das cadeiras, juntamente com os dois rapazes que desceram do helicóptero e com a moça da bilheteria.
- Deixe-me apresentar, sou Cam, e esta é minha irmã Elena, estes são meus irmão, Damon e Stefan. Nos reunimos todo mês, depois que nossos pais morreram.
- Prazer, sou Luce. – Disse nervosa.
- Fique calma e sente-se, sei que você deve estar estranhando, mas não precisa ter medo.
- Me desculpem, realmente me assustei com toda essa situação.

Correu tudo bem, o jantar foi ótimo, eles eram normais. Meu sobrinho chorou. Pisquei duas vezes, larguei a revista, levantei-me e o abracei até que ele se acalmasse.


Andrea Mendes –  8ª série B
22º conto com a técnica do flashback


Mergulhada em lembranças 

   Tarde de terça-feira, última semana de férias. Minha mãe e eu estávamos vendo algumas fotos de nossa viagem.
   Me deparei com uma foto minha, o mar azul tão bonito atrás e uma cara de irritação estampada em meu rosto.
   Minha mãe insistia para que eu sorrisse. E eu insistia em não querer tirar fotos.
  O barco estava cheio, mas ninguém fazia barulho. Todos os olhos estavam grudados nas paisagens impecáveis.
  Meu pai registrava absolutamente tudo, cada segundo, cada ilha, cada espuma do mar. Eu continuava com a teoria de que são as memórias que contam.
 O barco parou, estávamos em uma ilha linda. O mar parecia ainda mais azul. Agora estávamos livres para mergulhar e apreciar aquele paraíso.
  Meu pai me ofereceu um daqueles óculos de mergulho, mas eu não gostava daquelas coisas. Eu gostava de sentir as experiências e mesmo que os óculos melhorassem a visão embaixo da água, valia a pena ficar sem eles de alguma forma.
  Respirei fundo e pulei naquele azul imenso. Meu pai, um bom mergulhador, já foi logo se aventurando nas “profundezas”.
  Aquele lugar era um verdadeiro aquário natural: peixes de várias cores e tipos nadavam em volta dos corpos das pessoas, sem medo, causando cócegas nos mais sensíveis. Maravilhoso.
  Meu pai então me chamou. Tinha uma surpresa para mim. Curiosa, nadei até ele, que rapidamente mergulhou fundo na água, que por mais clara que fosse, tornava difícil vê-lo por ali.
  Esperei alguns longos segundos, parecia que ele nunca ia voltar. Até que, para minha surpresa, ele surge atrás de mim, recuperando o fôlego. Mas...E a tal surpresa?
  Ele estendeu para mim uma das mãos, nela, uma linda e rosada estrela-marinha.
  Olhei para os lados, procurando minha mãe. Ela já estava de volta no barco, dali, tentava capturar as águas repletas de peixes com a câmera do celular.
  A buzina do barco soou...Do barco?
  Meu pai havia chegado em casa, e buzinava para que abríssemos para ele.  Levantei-me do sofá para poder abrir o portão de casa. Ainda tínhamos muitas fotos para ver.

Alana Casacio Balsas    8ª série B

  

   
21º conto com a técnica do flashback


De volta à terrinha

Hoje, em um Domingo daqueles típicos de almoço em família, com o famoso frango assado da padaria, ainda mais em um domingo tão preguiçoso, que desanima qualquer um, em principal as mulheres ou aqueles que cozinham para a família ou para si próprio.

Na volta da padaria, aquele cheiro de frango que penetrava no nariz e que não iria sair de dentro do carro no mesmo dia, um delicioso cheiro de... coelho assado.

Estar aqui nessa vila é algo muito significante, em principal para a minha mãe, estar aqui com a família que não vemos há tanto tempo, há tantos anos. Um momento importante, estar aqui com meu avô, não tem preço.

E agora o melhor de estar aqui andando nesta vila. Não! Mais que andando e em uma vila qualquer, é estar além de tudo conhecendo tradições portuguesas e tradições familiares.

Esta paisagem me encanta, flores que nunca vi iguais. Um sentimento inédito, até gratificante.

Estou mesmo à espera do almoço, já que Kronos me diz que está na hora. Aquele cheiro de coelho assado... até que parece ser um prato bom, mas pensar em ter que comer coelho, é estranho!

Mas este cheiro, hum! Coelho...frango. Frango...coelho.

Distraída, meu me chamava aos berros, pedindo apenas para tomar cuidado com o frango que estava prestes a cair.

Dei um sorriso e continuamos nosso caminho para casa, levando o tradicional prato domingueiro.


Eduara Terra  8ª série B
20º conto com a técnica do flashback



Contratempos

Semiacordada e sem ânimo para me arrumar, eu preparava o café em meu casual ritmo lento; quanto mais se prolongassem as manhãs, mais encurtavam as tardes. Letargicamente, levei a colher à xícara e misturei o açúcar, provocando leves tilintares do metal contra a porcelana, provocando um som característico...
O homem batia freneticamente a colher contra o fundo do copo ao preparar aquele exótico drinque: o barulho poderia ser ouvido pelo bar inteiro, se não fossem as acaloradas conversas entre os clientes. A neve caía aos montes nas ruas, tornando a vista das janelas do estabelecimento nada mais que um borrão branco.
Eu não estava alheia àquela cena; enquanto aquecia meus pés, congelados por andarem pelas ruas cobertas de neve sem botas adequadas, tentava capturar cada troca de palavras entre frequentadores. De vez em quando, trocava comentários com minha irmã, sobre nossas primeiras impressões de Nova Iorque, relembrando ora o taxista indiano que nos levara ao hotel, ora a sorte de termos encontrado um restaurante tão acolhedor justo quando o frio começava a perder seu brilho.  Logo fomos levados à mesa.
− Mas sem querer ser antiquada − indagou minha mãe, em baixo tom − acho que este não é um bar convencional.
−Você também notou? Pensei que fosse só eu. Tudo aqui é discreto, há muitos turistas, mas ainda assim percebi: todos os garçons são homossexuais. E há um grande número de clientes que acho que também são.
 Dito e feito. A comida estava deliciosa, e o atendimento, impecável. Ao sairmos, meu pai resolvera ir ao banheiro; voltou mal contendo o riso.
− Vocês estavam certas; existem dois banheiros, mas ambos são tanto masculinos quanto femininos.
Minha irmã reclamou sobre algo que não entendi, então percebi que ela me chamava, furiosa. Parei de mexer a colher na xícara e terminei o café, não tão rapidamente quanto ela gostaria.
Com sorriso discreto, arrumei a mesa. Ironias da vida.


Larissa Daruge  8ª série B

terça-feira, 30 de julho de 2013

19º conto com a técnica do flashback


       Uma foto na praia

Quando acordei em um domingo chuvoso, estava com vontade de assistir um bom filme e tomar chocolate quente. Escolhi uns cinco filmes, o primeiro que iria assistir era “A última Música”, eu já havia assistido várias vezes. Eu realmente gostava desse filme. Meu chocolate havia acabado, queria mais, mas a paisagem que tomou conta da tela chamou minha atenção. Uma praia linda, as ondas formando uma espuma branquinha, a água cristalina...
- Mariana, vamos tirar uma foto?- perguntou minha irmã, quando terminamos de fazer um castelo.

Santos, tem uma das melhores praias do mundo! Todo final de ano eu vinha aqui, era muito bom sentir o vento no rosto, ouvir o barulho do mar. A movimentação era bem agitada aqui, mas eu gostava muito disso.

- Claro! Vamos tirar embaixo daquela árvore?

Pisquei, olhando para a cena que já havia mudado e eu nem tinha me dado conta.
Terminei de esquentar meu chocolate quente e voltei ao meu filme. Depois desse assisti  a “Cupido a magia do Amor” e acabei adormecendo novamente.


Mariana Pondian Lopes      8ª série C
18º conto com a técnica do flashback


A viagem de Páscoa

Hoje de manhã eu caminhava para a escola em Campinas e passei por uma praça perto de minha casa, onde há uma fonte grande, azul e branca. Ela fazia um som conhecido de água e me aproximei dela. A água molhou minha face e eu sorri... olhei em volta e vi a paisagem das montanhas com neve.

Estávamos hospedados numa casa de Potrerillos, em Mendoza, toda feita de madeira.

Saímos para caminhar pela cidade. Senti muito frio, mas era outono. Um ovo preto e branco chamou minha atenção. Era tão grande que todos nós dissemos que gostaríamos de ganhar. Voltamos para o lago, que ficava próximo à casa.

Após uma série de brincadeiras perto do lago, o brilho do sol iluminava meu rosto molhado.

Meu primo reparou e foi brincar comigo, mas foi ele que me fez rir, porque deixou cair sua bola de futebol no rio e a perdeu.

Um som esquisito... Era meu celular tocando. Atendi e me apressei para que não perdesse a aula.

Que saudades daquela viagem.


Juan Cruz Martinez   8 série C

segunda-feira, 29 de julho de 2013

17º conto com a técnica do flashback



Os aromas e as histórias
       
Estava voltando para casa, depois de um dia longo e cansativo. Estava com uma fome! Passando pela churrascaria perto de casa, senti aquele cheiro de carne assada.

Um cheiro tão bom que dava água na boca. Eu estava sentado perto da janela, e meu pai e minha mãe estavam sentados ao meu lado. Meu irmão estava com sua namorada. Era aniversário do meu pai e fomos comemorar na churrascaria predileta dele. Estávamos com muita fome! Por isso a melhor opção foi mesmo ir lá, onde havia um rodízio, pois tudo era muito bom!

A picanha, pão de alho, pernil, até o cheiro que passava sobre nossa mesa antes de chegar aumentava o apetite.

Uma buzina me assustou. Faltavam duas quadras para chegar à minha casa. Era tarde, eu estava morrendo de fome e tinha muita lição para fazer, além de minha mãe ficar preocupada pela minha demora.

Leonardo Rodrigues  8ª série C
16º conto com a técnica do flashback


O mar azul

Fui ao shopping descansar um pouco a mente. Fiquei andando, vendo as vitrines. Entrei em uma loja de objetos de decoração e algo chamou muito a minha atenção. Um quadro onde tinha uma linda praia com o mar azul. Eu me aproximei e comecei a sentir aquelas ondas batendo em mim, meus dedos entrando na areia, os castelinhos de areia que fazia com minha irmã, o barulho das ondas, as caminhadas pela praia, sempre parando para pegar as conchinhas.

Minha mãe nos chamou para voltarmos ao apartamento, pois estava ficando tarde.

-Thais, Thais, ei Thais!

-O quê? –eu dizia sem saber o que estava acontecendo.

- Ah, Thais, faz 5 minutos que você esta parada na frente deste quadro! Só sei que a mamãe pediu para a gente ir para o carro – dizia minha irmã.

Peguei na mão dela a e, enquanto íamos para o carro, perguntei:

-Você não está com saudades da praia!


Thais Chati  8ª série C
15º conto com a técnica do flashback


Obra de Mãe e Filha

 Era um dia frio de inverno, muito frio mesmo, não estava nevando, mas para o Brasil era frio. Estava na escola, assim que deu o sinal saí. Bateu um vento gelado no meu rosto, senti aquela sensação, aquele arrepio na espinha...

 - Giovanna, pegue aqueles galhos para mim! Vamos dar um toque final ao nosso boneco de neve. - minha mãe pediu.

 Olhei bem para aquilo e não parecia um boneco de neve, provavelmente porque era apenas o começo do inverno nos Estados Unidos, e não tinha muita neve ainda. Meu primo tinha acabado de nascer, por isso a visita. Meu primeiro boneco de neve e já era um fracasso, minha mãe disse que ficou bom para o primeiro, mas eu sabia que não era verdade. Mesmo assim tiramos uma foto da nossa obra de arte. Minha mãe me chamou para tomarmos  um chocolate quente com marshmallows.

-Giovanna!

Logo avistei o carro da minha mãe, despedi-me de minhas amigas, entrei no carro e, fui para minha casa, finalmente.


Giovanna Gorri   8ª. Série C
14º conto com a técnica do flashback


Pateta
No fim de uma manhã, de um dia muito agitado e alegre na escola, volto de van para casa, um pouco cansada, mas acostumada a fazer isso quase todos os dias. Todos estavam conversando, e entre muitos assuntos e risadas, ouvi uma risada engraçada, que chamou minha atenção. Era um som já ouvido antes, conhecido...

- Mari! Pegue o chapéu da Minie.

- Ok! Ficou bonito, né?

- Sim – começou a rir – Olhe, seu tio esta com o do pateta.

- Nossa, ficou engraçado!

- Eu sei, sou muito estiloso – diz meu tio, dando uma gargalhada igual à do Pateta. 

Começamos a rir muito e ele continuou fazendo palhaçada com os chapéus.

- Agora vou fazer a Mari ficar do tamanho deste pateta gigante, vem cá! – diz meu tio, brincando.

- Ai meu Deus, vou cair!

- Vou tirar uma foto – diz minha tia.

- Mari, vou tirar sua foto! – diz uma colega da van. Dei um sorriso e reparei que a van parava em frente à minha casa. Peguei minha mochila e me despedi dos colegas, morrendo de vontade de mexer nas minhas coisas em casa e encontrar aquele chapéu. Que saudade daquela viagem!


Mariana Aguilar Machado  8ª série C
13º conto com a técnica do flashback


Primeira viagem
Era um sábado ensolarado  e fui com alguns amigos e familiares ao Hopi Hari, parque temático próximo a Campinas. Chegando, fui direto à montanha russa. Enfrentei a fila com disposição, até que chegou a minha vez. Sentei-me no carrinho e, enquanto aguardava a entrada de todos e a organização dos funcionários com as usuais medidas de segurança, senti uma onde de adrenalina. Parecia já ter sentido algo muito parecido...
Primeira viagem ao exterior, já estamos voando, eu sem acreditar, Disney, cidade dos parques, shows...
Fiquei com um pouco de medo, afinal estava indo para um país estranho, mas a animação era maior. Já estava em Orlando, no Animal Kingdom, primeiro parque, ver um elefante, um sonho. Meus pais, certinhos, conversavam “pegue isso, faça isso, aquilo Guto”, não prestava atenção, só queria entrar, estava em uma animação! Nove anos esperando aquele momento! Na catraca, queria sair correndo, mas para onde, um lugar novo. Observei o parque, amei, queria fazer tudo ao mesmo tempo, elefante ali, montanha russa aqui, não sabia para onde ir.
Tanta coisa que o almoço chegara rapidamente, uma comida que nunca tinha provado: coxa de peru, muito bom. Acabando, fui direto para a montanha russa, com uma adrenalina que nunca havia sentido. Corri para a fila, ali estava, na minha primeira montanha russa, com um pouco de medo, uma tremenda onda de adrenalina tomando conta de mim. Fui e adorei. Encontrando meus pais, vieram às perguntas assustadas de minha mãe “Você não ficou com medo? Como você foi nisso?”. O dia já estava no fim, então voltamos ao hotel.
A volta na montanha russa já tinha acabado, assim como o dia. Escutei, pelo alto falante do parque “Hopi Hari informa, estamos em horário de fechamento dos brinquedos, por favor, dirijam-se à saída, obrigado”.
Não havia mais o que fazer, já havia escurecido, então fomos embora.

Gustavo G. de Figueiredo   8ª C


12º conto com a técnica do flashback

Dia de Grêmio


Caminhando pelas estreitas ruas do centro de Campinas, num dia lindo e quente, entrei em um antigo armazém para comprar uma garrafa de água e assim me refrescar. Ao sair, deparo-me com um tumulto na frente da catedral. Era a fanfarra militar se apresentando, com direito a várias músicas, aliás, bastante conhecidas. Uma em especial chamou minha atenção, só que não me vinha à cabeça onde já as havia escutado... Continuei ouvindo e vi a cena.

Estava nos arredores do estádio, me deslocava para o portão de entrada, o mítico portão 10, com a torcida Geral do Grêmio,  que fazia aquela festa. Todos tocavam seus instrumentos, cantavam, pulavam e gritavam até não poder mais. A melodia era entoada por todos. Uma melodia conhecida, mas com a letra adaptada à situação ali vivenciada.

Coloquei meu ingresso na catraca e entrei. Arrepiei-me, fiquei impressionado com aquilo, nada substituiria minha felicidade por estar vivendo aquilo.

Acomodei-me na arquibancada, estendi minha faixa na mureta, fiz minha habitual reza, peguei minha bandeira e a tremulei sobre o lindo céu de Porto Alegre, esperando o jogo começar impulsionado aos gritos de “GRÊMIO, GRÊMIO, GRÊMIO..’’

Que dia, que jogo.

Espero acabar a música, jogo no lixo minha garrafinha. Encaminho-me ao ponto de ônibus e volto para casa.

Henrique Müller – 8ª série C


11º  conto com a técnica do flashback


Castelo de uma viagem

Estava na cozinha. Isadora, minha irmã, passou correndo e se escondeu. Como toda criança, ela se escondeu em um lugar fácil demais, permitindo que eu a encontrasse rapidamente. 

Pensei em chegar mais perto, vagarosamente, apenas para observá-la, sem deixar que me visse, mas antes mesmo que pudesse piscar, ela já não estava mais lá. Já na sala, esbarrei sem querer na estante, assustando a Isa e derrubando um porta-retratos meio antigo, dourado. Peguei-o antes que caísse no chão e comecei a admirar aquela foto. Era de uma viagem que eu tinha feito com meus pais, há muito tempo. Santos. Aquela areia branquinha, a água quentinha...

- Má, vem cá. Filha, você tá me escutando? Amor, vamos, tá na hora! Vamos nos atrasar para o cinema.

- Espera mãe, tô quase terminando meu castelinho. Só mais dois minutinhos, por favor!

- Mas filha, a maré está subindo e daqui a dois minutinhos seu castelo não existirá mais. Vamos embora, amanhã você faz outro. – disse minha mãe, me pegando no colo. Eu não queria deixar meu castelinho, mas, o que adiantaria, se ele iria sumir mais tarde? Então deixei de lado. Em casa, fui para o banho e enquanto minha mãe preparava o jantar e meu pai assistia à televisão.

Nossa, que saudade de Santos. Quando mamãe chegar, vou perguntar a ela quando poderemos voltar lá. Mas antes, claro, preciso achar a Isa.

- Você não vai aguentar se esconder por muito tempo não, viu?

Mayara Guimarães    8ª série C
10º conto com a técnica do flashback



   Era uma manhã fria de inverno, estava indo para a escola, morrendo de fome. Passei em frente à padaria e aquele cheiro maravilhoso de pão fresco invadiu-me as narinas. Entrei e pedi um chocolate quente e um pão com manteiga.
A atendente me entregou o pedido. Dei uma mordida no pão quentinho, que delícia. Mas quando senti o aroma do chocolate, fui tomado por muitas sensações...
   - Nossa! Como os chocolates daqui do Sul são bons! Principalmente com esse frio!
   Era minha primeira visita ao Sul, junto a meus pais e meu irmão.
   Viemos passar uma semana de Julho em Gramado. Adoramos a cidade, tantas atrações interessantes, paisagens incríveis e, claro, o delicioso chocolate, tão típico nesta cidade. As lojas de chocolates vinham oferecer amostras no café da manhã do hotel, para que visitássemos as instalações das fábricas dessas maravilhas doces e adquiríssemos alguns para levarmos para casa. Em uma dessas visitas, ofereceram chocolate quente para que nos aquecêssemos, afinal, estava muito frio.
   Quando terminei o chocolate, disse para minha mãe que queria voltar aqui no ano que vem, ela apenas riu e concordou.
   Terminei meu café da manhã e saí da padaria. Já conseguia ver meus colegas no portão da escola me esperando para entrar e começar mais um dia de aula.

Rodolfo Carvalho – 8ª série C


9º conto com a técnica do flashback


Acabou?
  Liguei a televisão, noticiário, pra variar! Não se assistia outra coisa em casa, àquela hora, aos sábados e isso não seria diferente. Fui comer alguma coisa e lá da cozinha conseguia escutar a música da chamada do jornal, um dingle que eu já conseguia cantar ao mesmo tempo em que o original era veiculado na TV. Aquela música me lembrava de várias notícias e acontecimentos importantes, que vira nos sábados à noite. Algumas mais marcantes...

  “Ah não mãe!” “essa data não!” Minha mãe havia agendado nossa viagem bem entre Dezembro e Janeiro. A viagem mais legal de toda minha vida e eu só iria aproveitar 2 dias, já que o mundo acabaria no dia 21/12/2012! É válido lembrar que os Maias – que previram isso - era um povo muito antigo, mas mesmo assim nunca duvidei de sua sabedoria. Não sabia o que aconteceria, se iria acabar, ou não, mas fiquei torcendo para que não, afinal, estava esperando aquela viagem desde que era uma criança.

  “Parece-me que o mundo não acabou, o que acha?” falavam, os âncoras do jornal, brincando, com a possibilidade que, enfim – e ainda bem – não havia se concretizado. Percebi que tinha aproveitado ao máximo a tal e tão esperada viagem.

“Que bom, mãe, lasanha à bolonhesa!” Quando dei a primeira garfada já havia me esquecido de toda aquela previsão e até parara de prestar atenção ao noticiário, apenas para me deliciar com aquela maravilhosa lasanha!

Rafael Ferreira     8ª série C
8º texto com a técnica do Flashback


Um mundo maravilhoso

Era aniversário de minha irmã, então meu pai e eu resolvemos ir ao shopping comprar seu presente. Estávamos totalmente sem ideia do que dar a ela, quando pensei em darmos um livro, afinal ela adorava ler.
         Estávamos andando pelo shopping e avistei uma ótima livraria. Como já estávamos atrasados para a festa, resolvemos entrar. Peguei um livro e folheei suas páginas, que convidavam a uma nova aventura. Ah... aquele cheiro de livro novo era maravilhoso...
         Páginas coloridas distraíam a mim e minha irmã quando meu pai nos avisou que iria entregar algumas coisas para o Ziraldo e que nós poderíamos continuar andando pela Bienal. Tantas obras, pessoas comuns, autores, stands diferentes e criativos.
         Entramos em um dos stands. Aquele lugar também tinha um aroma maravilhoso de livros novos. O que você achou deste livro, Alessandra?
         Era meu pai me chamando e avisando que eu precisava escolher logo o presente da minha irmã, pois iríamos nos atrasar para a festa. Pisquei algumas vezes e disse que aquele exemplar em minhas mãos era o escolhido. Compramos e assim fomos curtir a festa de aniversário.
Realmente... os livros nos fazem viajar!


Alessandra Ortigoso – 8ª série D
7º texto com a técnica do flashback

Mesmas Sensações


Dia ensolarado, bonito, porém frio. Muito frio.
Acordei devagar, com a preguiça de sempre. Fui ao banheiro, escovei os dentes e me troquei. Percebi então que a janela esteve aberta a noite toda, por isso estava com aquele frio. Uma brisa entra mais uma vez pela janela e sinto um calafrio... Reconheço essa sensação. Um frio na barriga...
Um calafrio. Camila, minha irmã, gritava, chamando por nossa mãe, como se ela pudesse ajudar naquela hora. Luana, minha amiga, dizia sem parar que aquela era a melhor montanha-russa do Hollywood Studios, o parque em que estávamos, e que não poderíamos perder por nada. Imaginava ser ela a mais ansiosa.
Luana queria porque queria ir, ainda por cima, no primeiro carrinho. E quem teria que ir com ela? Pois é, eu mesma. O carrinho começou andando devagar, e eu só estava esperando a hora. O calafrio não veio antes, pelo medo de andar na montanha-russa, mas sim durante o trajeto, no escuro, com vários loopings.
Mas do que reclamar? É a melhor sensação do mundo! Saímos da Rock’n’ Roller Coaster excitadas, alegres, gritando muito. Queríamos ir de novo e de novo, mas ouvi minha mãe gritar meu nome. Carol, Carol, venha cá...
Olhei para o lado e lá estavam minha mãe e minha irmã, no meu quarto, tentando tirar uma mala de cima do armário. Fui ajudá-las, tínhamos pouco tempo para arrumar as malas e ir para o aeroporto, e dali para o Rio.
Senti um aperto forte, devia ser saudade. Como é bom sentir saudades, de coisas boas, que marcam para sempre.


Carolina Camargo 8ª série D