quinta-feira, 1 de agosto de 2013

32º conto com a técnica do flashback




Outro mundo

Certo dia, eu estava sentado no ponto de ônibus, lendo um ótimo livro do Dr. Seuss, Ovos verdes e presunto. Um clássico para mim, que adoro o estilo de texto e desenhos desse grande autor. 

Enquanto o ônibus não chegava, deparo-me com um policial de nariz empinado em uma bicicleta e senti aquela cena familiar. O nariz era muito empinado mesmo, e eu atrás dele, na mesma posição, com os olhos fechados.

Quando abri os olhos, percebi que a moto não estava se movendo, pois eu estava no parque Universal, bem na ala do Dr. Seuss, onde todas as personagens são incríveis, o Gato, Coisa 1 e Coisa 2, um verdadeiro mundo mágico.

Eu estava super feliz, ia nas montanhas russas, corria, brincava com as personagens, as lojas de doces, roupas, lembranças, os cenários, eram todos perfeitos, todos no famoso estilo Dr. Seuss.

Escutei o forte som do freio do ônibus que me levaria para casa, só que agora um sorriso insistia em ficar em meu rosto.




Vinicius Borges     8ª série A
31º conto com a técnica do flashback


Um dia animal

Final de semana passado, minha prima havia me chamado para ver sua apresentação de hipismo. Achei muito legal, pois afinal, minha maior paixão são cavalos.

Só que ocorreu um acidente. No meio da apresentação de Carolina, ela caiu e se machucou muito. Foi socorrida na hora, e para não perder essa competição tão importante pra ela, sugeriu que me colocassem para substitui-la. Acreditou em mim, pois sabe que sempre gostei dessas coisas.

Sua treinadora adorou a ideia, então me vesti com tal roupa própria e montei em seu cavalo. Segurei as rédeas em minhas mãos, com força.

-Isso, filha, segure forte!  Aquele dia, por mais que tenha sido ruim por eu ter caído do cavalo, foi maravilhoso. Mas não desisti! Meu pai sempre me apoiou dizendo ‘Filha, nunca desista do que gosta. Por mais que erre algumas vezes e não dê certo no inicio, não desista’. Lembrei na hora dele me dizendo isso, então montei novamente em meu cavalo e me recuperei rapidamente. O vento bagunçando meus cabelos, o sol batendo em meu rosto e aquelas cavalgadas que me faziam sentir uma emoção muito grande.

O sinal para começar a competição estava tocando.  Fui me posicionar, Carolina me desejou boa sorte e antes do sinal do coordenador da competição, pedi a Deus para que tudo desse certo.

É inexplicável o que senti naquela hora. Eu consegui, eu ganhei. Fui ao pódio receber a medalha, em nome de minha prima. Naquele momento uma lágrima escorreu de meus olhos e um sorriso no rosto de Carolina surgiu. Vi aquele orgulho que ela havia sentido por mim, e claro, o meu próprio orgulho por ter ganhado essa competição, que foi tão importante pra mim quanto pra ela, e por  depois de anos estar novamente fazendo o que eu amava.



Melissa R. Antonioli           8ª serie A
30º conto com a técnica do flashback


O mar

Semana passada, em pleno domingo de Páscoa, acordei tarde, perto da hora do almoço. Tomei uma xícara de café e logo em seguida um banho. 

Aprontei-me, coloquei uma de minhas melhores roupas e sai de casa, afinal iria comemorar o dia de Páscoa na casa da minha tia.

Fui com meus pais. Chegamos lá, cumprimentei a todos, alguns não via há muito tempo, outros encontrava quase todo dia.

Após almoçarmos, minha prima de 7 anos me chamou para ver a sua coleção de conchas e ao chegarmos na sala, ela já abriu seu potinho e espalhou todas sobre o sofá.

Peguei a maior concha que tinha e ela me mandou escutar o som dela. Aquele barulho, aquele barulho... Nossa aquele som maravilhoso do mar, que eu tanto adoro. A sensação de areia nos meus pés, a chegada tão esperada da onda com aquela água gelada, mas suficientemente boa para uma criança. Aquela brisa que toda praia possui... é tudo tão bom.

Minha priminha grita meu nome, pois não havia terminado de olhar sua coleção. Vi o resto das conchas dela e depois fomos tomar um sorvete.

Foi um belo domingo de Páscoa em família.


João Vyctor Brás dos Santos   8ª série A
29º conto com a técnica do flashback


Mescla de sabores e aromas

Era sexta-feira, e minha família estava toda na casa da minha avó. Normal, pois era sexta-feira santa. Já era quase a hora sagrada do almoço, quando todos se sentavam à mesa e comiam aquele belo bacalhau do meu avô, enquanto conversavam e bebiam vinho. Uma pena eu ainda não poder beber vinho.
Finalmente chegada a hora, fomos todos para a sala de jantar, onde eu (finalmente) me sentei à mesa dos adultos, e minha irmã, com inveja, sentou-se à mesa menor, das crianças. Todos nos servimos de arroz, batatas, salada, então meu avô veio da cozinha, com a bandeja onde ficava o enorme bacalhau com molho, batatas e tomate. O Aroma invadiu a sala toda, deixando a todos com água na boca.
Por estar sentando-me à mesa dos adultos pela primeira vez, deram-me a honra de pegar o primeiro pedaço daquele peixe salgado e delicioso. Cortei um pedaço bem grande e dourado (para compensar o vinho que não pude beber) e, após todos pegarem e brindarem, coloquei um pedaço suculento na boca. Aquele sabor, salgado, combinado com o gosto agridoce das batatas com o tomate... O molho suculento, laranja ,devido ao peixe...
Um dos sons mais contagiantes e engraçados do mundo é quando dois portugueses, após tomar muito vinho, começam a discutir. Ainda mais quando se chamam Manoel e Joaquim.
- Maldito seja, Manoel! Essa era a minha taça!
- O Raio que o Parta, Joaquim! Tenho certeza que não!
Eu ria muito da discussão dos dois portugueses, ainda mais por sua linguagem soar estranha para mim, um brasileiro. Meu tio tinha me trazido para aquele restaurante que julgava ser o melhor de Lisboa, porém era escondido e pequeno.
Mas eu não podia reclamar, a comida era boa mesmo. Havia uma fila enorme para fora da porta, esperando uma mesa para comer aqueles deliciosos peixes, tortas, e tomar um bom gole de vinho. Uma pena eu ainda não poder beber vinho.
Saímos do restaurante todos juntos, e seguimos a pé pela rua, cheia de outros restaurantes. Vi um azulejo pintado parecendo um quadro, em uma daquelas paredes antigas. A rua de ladrilhos me fazia parecer estar andando em uma cidade medieval, ainda mais por que havia uma antiga muralha ainda de pé, com alguns turistas por perto. Fomos para a parte nova de Lisboa e entramos em um grande shopping, com luzes coloridas e muitas pessoas. Paramos para tomar um café.
Eu não gostava muito de café, então fiquei apenas sentado, olhando as pessoas e como tudo aquilo era diferente... Então meu pai disse:
- Pegue um bolinho, filho.
Eu me virei, e vi uma porção de bolinhos de chuva, que estava sobre a mesa. O cheiro do bolinho, açúcar, quentinho...
- Quer um, Victor?
Minha avó estava com uma enorme travessa de bolinhos de chuva, vinda diretamente da cozinha. Olhei para o meu prato, meio sem entender, e percebi que já havia devorado tudo.
- Claro que sim, vó! – Disse, com um sorriso e água na boca.
Continuamos comendo os bolinhos, e as outras sobremesas de sexta-feira santa, como pavê e pudim, enquanto conversávamos sobre diversos assuntos. Minha família estava em um momento feliz. Todos continuavam bebendo vinho, mas eu ainda bebia refrigerante. Uma pena eu ainda não poder beber vinho.


Victor Motta  8ª série A
28º conto com a técnica do flashback


Geografia. Uma remota realidade. 
                                                                                                                                         

            A fala do professor de história é interrompida pelo sinal. Sons semelhantes a este representam as trocas de aula, o que significa também um alvoroço de pessoas no corredor.  Diante deste tumulto, surge o professor de Geografia, ligeiro ao se instalar para mais uma nova aula, como de costume. Todos se sentam rapidamente a fim de evitar um declínio de meio ponto na média, e então, sua breve explicação começa. Gosto muito dos assuntos tratados pela Geografia, principalmente quando é um dos melhores professores que nos explica, mas este assunto sobre a Coreia do Norte atacar os Estados Unidos me dá certo medo.

Está frio na sala. Sempre peço para aumentar o a temperatura do ar-condicionado, por que desse jeito não consigo prestar atenção na aula. O clima frio, o cheiro, o assunto...
         
          As filas eram enormes, tipicamente compostas por diferentes culturas, afinal, a Disney em si, se baseava no turismo. Não via a hora de chegar a minha vez. O Pateta era o preferido por ser divertido e carismático, e isso era altamente emocionante... Era fascinante. O tempo com o personagem era rápido, mas pelos míseros minutos, já valiam a pena. A mente presenciava uma situação que se era impossível desviar a qualquer outra coisa, totalmente sem pensar no que viria após aquilo. A pose espontânea diante das câmeras se tornava alvo para que o público não tirassem os olhos, a ver mais e mais situações hilárias.
            
            Como os Estados Unidos poderiam ser destruídos? Impossível, isso não é coerente as minhas experiências. O Victor explica que tudo está bem para eles, afinal, eles são a grande potência, praticamente uma muralha. Nossa, levo um tremendo susto desse jeito.

             O valor do dólar... o dólar da viagem...
          
             - Certo, Maria Lígia? Hã, o quê? Ah, claro!

   
             Infelizmente o professor acaba de abrir o conteúdo economia.

Maria Lígia Padilha Clemente    8ª série A

quarta-feira, 31 de julho de 2013

27º conto com a técnica do flashback


Viagem às pressas

Era domingo.  Eu estava deitada no sofá, pensando no que fazer, então por falta de opção decidi arrumar minhas coisas.

Comecei por um pequeno baú antigo que eu mesma fiz quando era menor. Quando o abri, a primeira coisa que vi foi um pequeno chaveiro na forma de um cavalo marinho. Comecei a girá-lo em minhas mãos, observando suas cores.

Minha mãe estava arrumando as malas para voltar a Campinas e insistia em que eu a ajudasse, mas não estava encontrando meu chaveiro.

Fui até meu pai e pedi para que ele me ajudasse a procurar meu querido objeto. Reviramos tudo do hotel, do nosso quarto até o hall do lugar, mas não o encontramos. Depois disso disse que não iria embora sem o chaveiro.

Brava, minha mãe dizia que o Pau de Arara* partiria em menos de uma hora e que não haveria tempo para comprar outro, mas meu pai, sempre otimista, disse que iria comigo até a loja, compraria o objeto e chegaria a tempo de pegar o veículo para voltar para casa.

Então, andamos pela praia até a loja onde tínhamos comprado o pequeno chaveiro. Quando chegamos ao lugar, comprei outro igual e voltamos apressados ao hotel, onde o resto dos turistas nos esperava impacientes.

Ouvi minha mãe me chamando para ir almoçar. Guardei o chaveiro e coloquei o baú de volta no armário, com um sorriso no rosto. Depois, fui até a cozinha.

* Pau de a Arara é um meio de transporte irregular, muito utilizado no Nordeste do Brasil.


Mariana Cotrim    8ª série B

26º conto com a técnica do flashback





Vem cá!

  Era um domingo de verão, quente e ensolarado. Estava na praia, deitada em uma cadeira de sol com um protetor solar, uma garrafinha de água e óculos de sol, esperando o dia acabar para poder voltar ao Hotel. 

  Sinceramente não gosto muito de praia, pessoas suadas correndo atrás de uma bola, areia em toda parte, água com sal e um sol de trincar a pele... Literalmente. Fecho meus olhos e ouço minha mãe me chamar:

  - Rafa, a água esta uma delicia! Vem cá!

  Sem abrir os meus olhos, apenas respondo que agora não.

  Ouço uma gritaria e ignoro, porém minha mãe fala de novo:

  - Rafa, a água esta uma delicia! Vem cá!

  Ao abrir meus olhos, estava em um parque aquático enorme, sem areia e água salgada. Corro em direção aos brinquedos. Admito aquela tarde foi boa, mas o sol já estava se pondo. Entro no último brinquedo, que era um escorregador. Ouço uma voz ao fim do túnel. Era minha mãe dizendo:

  - Vem cá!

  Ao sair do escorregador caio em pura água salgada e havia areia entre meus dedos. Ouço de novo:

  - Vem me ajudar a lavar esses potinhos que estão cheios de areia.

   Ah... não tinha jeito. Mas seria bom estar naquele parque novamente, e não em meio a tanta areia. Mas fazer o quê? Melhor tentar aproveitar o passeio.



Rafaela Mikami   8ª série B
25º conto com a técnica do flashback



O aroma do café
   
     Lá estava eu, sentada, apenas acompanhada de meu fiel mordomo. Sentia algo estranho, não sabia explicar de onde vinha aquela sensação. Ele me servia uma xícara de café bem forte, eu não dormia havia dois dias, algo estava me incomodando. Segurei a xícara e a levei bem perto de meu rosto até sentir sua fumaça quente perto de minha boca. O aroma do café me invadiu, parecia que eu já havia sentido aquele cheiro.

   - Júlia, venha cá menina!  – a minha mãe me chamava, e eu a atendia, correndo até ela.

    Eu tinha nove anos e estava num restaurante com minha irmã e minha mãe. Estava lotado e era de manhãzinha, tínhamos acabado de voltar de uma viagem longa e dava pra sentir o cheiro do café desde a entrada do restaurante. O sol acabara de nascer, estava frio, e as pessoas conversavam calmamente. Eu e minha irmã estávamos brincando em um tobogã e nossos estômagos roncavam. Nossa mãe trouxera leite e pão torrado para nós duas, mas eu 
queria provar o café que deixava o aroma no restaurante. E provei. Estava delicioso.
    
E assim também estava o café de meu mordomo, uma delícia. Peguei-me dando um sorriso. Minha irmã, minha mãe e nossas aventuras. Acabei descobrindo meu problema. Estava com saudade de minha família.

Nome: Júlia Fortunato       8ª série C

24º conto com a técnica do flashback


                        Os rastros dos famosos na rua da fama

  Em uma tarde de sexta feira, convidei minhas amigas para assistirmos ao filme ‘’Piratas do Caribe e o baú da morte’’, que iria passar pela primeira vez na televisão, com aqueles atores e atrizes famosos; a história ficaria mais favorecida ainda pelas interpretações e emoções deles.

   Assim que começou a passar o filme, em um dos primeiros enunciados apareceu o nome de Johnny Deep. Até a grafia era a mesma...
Eu estava sentada na calçada da fama, estava colocando a minha mão em cima da mão do Johnny Deep, que por sinal era muito grande.

 Estava muito sol, mas isso não nos atrapalhou de ir conhecer este lugar maravilhoso. Estávamos na frente do Chinese Teather onde muitos famosos recebiam o óscar, como Marilyn Monroe, que também deixou a marca de suas mãos e salto no cimento amarelado em frente dele. Ali pude ver várias outras assinaturas de outros atores como, até mesmo do trio almejado por vários jovens, Daniel Radcliffe, Emma Watson e Rupert Grint o trio ‘’Harry Potter’’.

   Ao ouvir a voz de Johnny Deep, as meninas gritaram eufóricas, porque são super fãs. Ele atuou tão bem quanto aquela vez em que ele rendeu uma placa na calçada da fama e um Oscar no papel de ator principal.

   Os jovens de hoje adoram os filmes em que ele participa, pois o jeito que ele transmite a emoção para nós é ótimo.

   Todos nós voltamos para nossas casas, estou contando os dias para voltar a andar nas ruas de Hollywood.

 Fabiana Correia Bianco  8ª série B


23º conto com a técnica do flashback



O sol no Rio

Eu estava indecisa, onde ir primeiro? O Rio de Janeiro é tão lindo, tão grande e com tantos lugares que é difícil escolher em qual ir primeiro. Ainda no aeroporto, eu aguardava as malas, é engraçado, porque quando se está animada para começar logo seu tour, sua mala será a última da esteira, e a minha não fugiu à regra, claro.
O aeroporto não tinha nada de bonito, é decepcionante como uma cidade daquele porte, que recebe milhares e milhares de turistas, pode ter um aeroporto meia sola. Ele funcionava bem, mas a fachada merece um zero. Fora daquele lugar eu já conseguia sentir os fortes raios batendo no meu rosto, o cheiro daquela cidade é tão agradável, parecia puro, impossível de ser comparado.
Claro que, quando se chega de uma viagem, sua primeira parada é no hotel, toda aquela coisa de check-in me deixa realmente entediada, é muita perda de tempo! Porém, faz parte. Uma coisa que eu estranhei foi o recepcionista. Ele era realmente pálido, mas com os lábios muito vermelhos, aquilo era estranho? E o jeito, nervoso, atendia as ligações muito rapidamente, como se estivesse sendo espiado por fazer algo errado.
Hora de decidir meu primeiro destino, o primeiro local que veio à minha cabeça foi o famoso Cristo Redentor, mas eu quis fugir da mesmice, meu primeiro local então foi o morro do Pão de Açúcar. Escolha certeira para aquela manhã tão ensolarada, não havia melhor opção.
Consegui um ônibus bem perto do hotel. Como eu não conhecia as linhas, pedi ajuda, não estava a fim de me perder em meu primeiro dia. Tomei o ônibus certo, desci na porta da estação do famoso bondinho. A moça da bilheteria tinha um jeito familiar também, acho que igual ao do rapaz da recepção do hotel. No Pão de Açúcar, antes de chegar ao topo, existe uma outra parada, a vista dali já era linda, fiquei imaginando a do topo.
Eu observava o heliporto enquanto tomava minha Coca. Eu esperava ver algum helicóptero de algum famoso, afinal, o Rio é a casa dos famosos brasileiros. Mas não foram bem artistas que desceram dali. Outros dois rapazes, pálidos e com lábios vermelhos desceram. Seria todos da mesma família? Aquilo realmente me impressionava. Dei meia volta e continuei meu caminho. Cheguei ao topo, era realmente lindo!
Fiquei o dia todo fora, de noite, eu estava descansando no meu quarto quando de repente as luzes se apagaram. Tive que descer até a portaria e falar com o recepcionista esquisito. Ele não estava lá, tudo estava no maior silêncio. Olho em volta, nada. Tentei me acalmar, mas era impossível, virei para correr para o elevador, dei de cara com o recepcionista, que estava segurando uma faca. Meu grito de espanto deve ter acordado o hotel inteiro. Ele mesmo se assustou, e calmamente falou:
- Calma moça, não vou machucá-la.
- Não chegue perto de mim!
- Você é como todos, pensam que eu sou mal por causa da minha aparência. Pois digo uma coisa, isso é de família, sou normal se quer saber. Aliás, venha conhecê-los.
Ele puxou-me pelo braço, eu tremia tanto que não falei nada. Chegamos ao salão de festas do hotel. Ele me acomodou em uma das cadeiras, juntamente com os dois rapazes que desceram do helicóptero e com a moça da bilheteria.
- Deixe-me apresentar, sou Cam, e esta é minha irmã Elena, estes são meus irmão, Damon e Stefan. Nos reunimos todo mês, depois que nossos pais morreram.
- Prazer, sou Luce. – Disse nervosa.
- Fique calma e sente-se, sei que você deve estar estranhando, mas não precisa ter medo.
- Me desculpem, realmente me assustei com toda essa situação.

Correu tudo bem, o jantar foi ótimo, eles eram normais. Meu sobrinho chorou. Pisquei duas vezes, larguei a revista, levantei-me e o abracei até que ele se acalmasse.


Andrea Mendes –  8ª série B
22º conto com a técnica do flashback


Mergulhada em lembranças 

   Tarde de terça-feira, última semana de férias. Minha mãe e eu estávamos vendo algumas fotos de nossa viagem.
   Me deparei com uma foto minha, o mar azul tão bonito atrás e uma cara de irritação estampada em meu rosto.
   Minha mãe insistia para que eu sorrisse. E eu insistia em não querer tirar fotos.
  O barco estava cheio, mas ninguém fazia barulho. Todos os olhos estavam grudados nas paisagens impecáveis.
  Meu pai registrava absolutamente tudo, cada segundo, cada ilha, cada espuma do mar. Eu continuava com a teoria de que são as memórias que contam.
 O barco parou, estávamos em uma ilha linda. O mar parecia ainda mais azul. Agora estávamos livres para mergulhar e apreciar aquele paraíso.
  Meu pai me ofereceu um daqueles óculos de mergulho, mas eu não gostava daquelas coisas. Eu gostava de sentir as experiências e mesmo que os óculos melhorassem a visão embaixo da água, valia a pena ficar sem eles de alguma forma.
  Respirei fundo e pulei naquele azul imenso. Meu pai, um bom mergulhador, já foi logo se aventurando nas “profundezas”.
  Aquele lugar era um verdadeiro aquário natural: peixes de várias cores e tipos nadavam em volta dos corpos das pessoas, sem medo, causando cócegas nos mais sensíveis. Maravilhoso.
  Meu pai então me chamou. Tinha uma surpresa para mim. Curiosa, nadei até ele, que rapidamente mergulhou fundo na água, que por mais clara que fosse, tornava difícil vê-lo por ali.
  Esperei alguns longos segundos, parecia que ele nunca ia voltar. Até que, para minha surpresa, ele surge atrás de mim, recuperando o fôlego. Mas...E a tal surpresa?
  Ele estendeu para mim uma das mãos, nela, uma linda e rosada estrela-marinha.
  Olhei para os lados, procurando minha mãe. Ela já estava de volta no barco, dali, tentava capturar as águas repletas de peixes com a câmera do celular.
  A buzina do barco soou...Do barco?
  Meu pai havia chegado em casa, e buzinava para que abríssemos para ele.  Levantei-me do sofá para poder abrir o portão de casa. Ainda tínhamos muitas fotos para ver.

Alana Casacio Balsas    8ª série B

  

   
21º conto com a técnica do flashback


De volta à terrinha

Hoje, em um Domingo daqueles típicos de almoço em família, com o famoso frango assado da padaria, ainda mais em um domingo tão preguiçoso, que desanima qualquer um, em principal as mulheres ou aqueles que cozinham para a família ou para si próprio.

Na volta da padaria, aquele cheiro de frango que penetrava no nariz e que não iria sair de dentro do carro no mesmo dia, um delicioso cheiro de... coelho assado.

Estar aqui nessa vila é algo muito significante, em principal para a minha mãe, estar aqui com a família que não vemos há tanto tempo, há tantos anos. Um momento importante, estar aqui com meu avô, não tem preço.

E agora o melhor de estar aqui andando nesta vila. Não! Mais que andando e em uma vila qualquer, é estar além de tudo conhecendo tradições portuguesas e tradições familiares.

Esta paisagem me encanta, flores que nunca vi iguais. Um sentimento inédito, até gratificante.

Estou mesmo à espera do almoço, já que Kronos me diz que está na hora. Aquele cheiro de coelho assado... até que parece ser um prato bom, mas pensar em ter que comer coelho, é estranho!

Mas este cheiro, hum! Coelho...frango. Frango...coelho.

Distraída, meu me chamava aos berros, pedindo apenas para tomar cuidado com o frango que estava prestes a cair.

Dei um sorriso e continuamos nosso caminho para casa, levando o tradicional prato domingueiro.


Eduara Terra  8ª série B
20º conto com a técnica do flashback



Contratempos

Semiacordada e sem ânimo para me arrumar, eu preparava o café em meu casual ritmo lento; quanto mais se prolongassem as manhãs, mais encurtavam as tardes. Letargicamente, levei a colher à xícara e misturei o açúcar, provocando leves tilintares do metal contra a porcelana, provocando um som característico...
O homem batia freneticamente a colher contra o fundo do copo ao preparar aquele exótico drinque: o barulho poderia ser ouvido pelo bar inteiro, se não fossem as acaloradas conversas entre os clientes. A neve caía aos montes nas ruas, tornando a vista das janelas do estabelecimento nada mais que um borrão branco.
Eu não estava alheia àquela cena; enquanto aquecia meus pés, congelados por andarem pelas ruas cobertas de neve sem botas adequadas, tentava capturar cada troca de palavras entre frequentadores. De vez em quando, trocava comentários com minha irmã, sobre nossas primeiras impressões de Nova Iorque, relembrando ora o taxista indiano que nos levara ao hotel, ora a sorte de termos encontrado um restaurante tão acolhedor justo quando o frio começava a perder seu brilho.  Logo fomos levados à mesa.
− Mas sem querer ser antiquada − indagou minha mãe, em baixo tom − acho que este não é um bar convencional.
−Você também notou? Pensei que fosse só eu. Tudo aqui é discreto, há muitos turistas, mas ainda assim percebi: todos os garçons são homossexuais. E há um grande número de clientes que acho que também são.
 Dito e feito. A comida estava deliciosa, e o atendimento, impecável. Ao sairmos, meu pai resolvera ir ao banheiro; voltou mal contendo o riso.
− Vocês estavam certas; existem dois banheiros, mas ambos são tanto masculinos quanto femininos.
Minha irmã reclamou sobre algo que não entendi, então percebi que ela me chamava, furiosa. Parei de mexer a colher na xícara e terminei o café, não tão rapidamente quanto ela gostaria.
Com sorriso discreto, arrumei a mesa. Ironias da vida.


Larissa Daruge  8ª série B

terça-feira, 30 de julho de 2013

19º conto com a técnica do flashback


       Uma foto na praia

Quando acordei em um domingo chuvoso, estava com vontade de assistir um bom filme e tomar chocolate quente. Escolhi uns cinco filmes, o primeiro que iria assistir era “A última Música”, eu já havia assistido várias vezes. Eu realmente gostava desse filme. Meu chocolate havia acabado, queria mais, mas a paisagem que tomou conta da tela chamou minha atenção. Uma praia linda, as ondas formando uma espuma branquinha, a água cristalina...
- Mariana, vamos tirar uma foto?- perguntou minha irmã, quando terminamos de fazer um castelo.

Santos, tem uma das melhores praias do mundo! Todo final de ano eu vinha aqui, era muito bom sentir o vento no rosto, ouvir o barulho do mar. A movimentação era bem agitada aqui, mas eu gostava muito disso.

- Claro! Vamos tirar embaixo daquela árvore?

Pisquei, olhando para a cena que já havia mudado e eu nem tinha me dado conta.
Terminei de esquentar meu chocolate quente e voltei ao meu filme. Depois desse assisti  a “Cupido a magia do Amor” e acabei adormecendo novamente.


Mariana Pondian Lopes      8ª série C
18º conto com a técnica do flashback


A viagem de Páscoa

Hoje de manhã eu caminhava para a escola em Campinas e passei por uma praça perto de minha casa, onde há uma fonte grande, azul e branca. Ela fazia um som conhecido de água e me aproximei dela. A água molhou minha face e eu sorri... olhei em volta e vi a paisagem das montanhas com neve.

Estávamos hospedados numa casa de Potrerillos, em Mendoza, toda feita de madeira.

Saímos para caminhar pela cidade. Senti muito frio, mas era outono. Um ovo preto e branco chamou minha atenção. Era tão grande que todos nós dissemos que gostaríamos de ganhar. Voltamos para o lago, que ficava próximo à casa.

Após uma série de brincadeiras perto do lago, o brilho do sol iluminava meu rosto molhado.

Meu primo reparou e foi brincar comigo, mas foi ele que me fez rir, porque deixou cair sua bola de futebol no rio e a perdeu.

Um som esquisito... Era meu celular tocando. Atendi e me apressei para que não perdesse a aula.

Que saudades daquela viagem.


Juan Cruz Martinez   8 série C

segunda-feira, 29 de julho de 2013

17º conto com a técnica do flashback



Os aromas e as histórias
       
Estava voltando para casa, depois de um dia longo e cansativo. Estava com uma fome! Passando pela churrascaria perto de casa, senti aquele cheiro de carne assada.

Um cheiro tão bom que dava água na boca. Eu estava sentado perto da janela, e meu pai e minha mãe estavam sentados ao meu lado. Meu irmão estava com sua namorada. Era aniversário do meu pai e fomos comemorar na churrascaria predileta dele. Estávamos com muita fome! Por isso a melhor opção foi mesmo ir lá, onde havia um rodízio, pois tudo era muito bom!

A picanha, pão de alho, pernil, até o cheiro que passava sobre nossa mesa antes de chegar aumentava o apetite.

Uma buzina me assustou. Faltavam duas quadras para chegar à minha casa. Era tarde, eu estava morrendo de fome e tinha muita lição para fazer, além de minha mãe ficar preocupada pela minha demora.

Leonardo Rodrigues  8ª série C
16º conto com a técnica do flashback


O mar azul

Fui ao shopping descansar um pouco a mente. Fiquei andando, vendo as vitrines. Entrei em uma loja de objetos de decoração e algo chamou muito a minha atenção. Um quadro onde tinha uma linda praia com o mar azul. Eu me aproximei e comecei a sentir aquelas ondas batendo em mim, meus dedos entrando na areia, os castelinhos de areia que fazia com minha irmã, o barulho das ondas, as caminhadas pela praia, sempre parando para pegar as conchinhas.

Minha mãe nos chamou para voltarmos ao apartamento, pois estava ficando tarde.

-Thais, Thais, ei Thais!

-O quê? –eu dizia sem saber o que estava acontecendo.

- Ah, Thais, faz 5 minutos que você esta parada na frente deste quadro! Só sei que a mamãe pediu para a gente ir para o carro – dizia minha irmã.

Peguei na mão dela a e, enquanto íamos para o carro, perguntei:

-Você não está com saudades da praia!


Thais Chati  8ª série C
15º conto com a técnica do flashback


Obra de Mãe e Filha

 Era um dia frio de inverno, muito frio mesmo, não estava nevando, mas para o Brasil era frio. Estava na escola, assim que deu o sinal saí. Bateu um vento gelado no meu rosto, senti aquela sensação, aquele arrepio na espinha...

 - Giovanna, pegue aqueles galhos para mim! Vamos dar um toque final ao nosso boneco de neve. - minha mãe pediu.

 Olhei bem para aquilo e não parecia um boneco de neve, provavelmente porque era apenas o começo do inverno nos Estados Unidos, e não tinha muita neve ainda. Meu primo tinha acabado de nascer, por isso a visita. Meu primeiro boneco de neve e já era um fracasso, minha mãe disse que ficou bom para o primeiro, mas eu sabia que não era verdade. Mesmo assim tiramos uma foto da nossa obra de arte. Minha mãe me chamou para tomarmos  um chocolate quente com marshmallows.

-Giovanna!

Logo avistei o carro da minha mãe, despedi-me de minhas amigas, entrei no carro e, fui para minha casa, finalmente.


Giovanna Gorri   8ª. Série C
14º conto com a técnica do flashback


Pateta
No fim de uma manhã, de um dia muito agitado e alegre na escola, volto de van para casa, um pouco cansada, mas acostumada a fazer isso quase todos os dias. Todos estavam conversando, e entre muitos assuntos e risadas, ouvi uma risada engraçada, que chamou minha atenção. Era um som já ouvido antes, conhecido...

- Mari! Pegue o chapéu da Minie.

- Ok! Ficou bonito, né?

- Sim – começou a rir – Olhe, seu tio esta com o do pateta.

- Nossa, ficou engraçado!

- Eu sei, sou muito estiloso – diz meu tio, dando uma gargalhada igual à do Pateta. 

Começamos a rir muito e ele continuou fazendo palhaçada com os chapéus.

- Agora vou fazer a Mari ficar do tamanho deste pateta gigante, vem cá! – diz meu tio, brincando.

- Ai meu Deus, vou cair!

- Vou tirar uma foto – diz minha tia.

- Mari, vou tirar sua foto! – diz uma colega da van. Dei um sorriso e reparei que a van parava em frente à minha casa. Peguei minha mochila e me despedi dos colegas, morrendo de vontade de mexer nas minhas coisas em casa e encontrar aquele chapéu. Que saudade daquela viagem!


Mariana Aguilar Machado  8ª série C