quinta-feira, 1 de agosto de 2013

32º conto com a técnica do flashback




Outro mundo

Certo dia, eu estava sentado no ponto de ônibus, lendo um ótimo livro do Dr. Seuss, Ovos verdes e presunto. Um clássico para mim, que adoro o estilo de texto e desenhos desse grande autor. 

Enquanto o ônibus não chegava, deparo-me com um policial de nariz empinado em uma bicicleta e senti aquela cena familiar. O nariz era muito empinado mesmo, e eu atrás dele, na mesma posição, com os olhos fechados.

Quando abri os olhos, percebi que a moto não estava se movendo, pois eu estava no parque Universal, bem na ala do Dr. Seuss, onde todas as personagens são incríveis, o Gato, Coisa 1 e Coisa 2, um verdadeiro mundo mágico.

Eu estava super feliz, ia nas montanhas russas, corria, brincava com as personagens, as lojas de doces, roupas, lembranças, os cenários, eram todos perfeitos, todos no famoso estilo Dr. Seuss.

Escutei o forte som do freio do ônibus que me levaria para casa, só que agora um sorriso insistia em ficar em meu rosto.




Vinicius Borges     8ª série A
31º conto com a técnica do flashback


Um dia animal

Final de semana passado, minha prima havia me chamado para ver sua apresentação de hipismo. Achei muito legal, pois afinal, minha maior paixão são cavalos.

Só que ocorreu um acidente. No meio da apresentação de Carolina, ela caiu e se machucou muito. Foi socorrida na hora, e para não perder essa competição tão importante pra ela, sugeriu que me colocassem para substitui-la. Acreditou em mim, pois sabe que sempre gostei dessas coisas.

Sua treinadora adorou a ideia, então me vesti com tal roupa própria e montei em seu cavalo. Segurei as rédeas em minhas mãos, com força.

-Isso, filha, segure forte!  Aquele dia, por mais que tenha sido ruim por eu ter caído do cavalo, foi maravilhoso. Mas não desisti! Meu pai sempre me apoiou dizendo ‘Filha, nunca desista do que gosta. Por mais que erre algumas vezes e não dê certo no inicio, não desista’. Lembrei na hora dele me dizendo isso, então montei novamente em meu cavalo e me recuperei rapidamente. O vento bagunçando meus cabelos, o sol batendo em meu rosto e aquelas cavalgadas que me faziam sentir uma emoção muito grande.

O sinal para começar a competição estava tocando.  Fui me posicionar, Carolina me desejou boa sorte e antes do sinal do coordenador da competição, pedi a Deus para que tudo desse certo.

É inexplicável o que senti naquela hora. Eu consegui, eu ganhei. Fui ao pódio receber a medalha, em nome de minha prima. Naquele momento uma lágrima escorreu de meus olhos e um sorriso no rosto de Carolina surgiu. Vi aquele orgulho que ela havia sentido por mim, e claro, o meu próprio orgulho por ter ganhado essa competição, que foi tão importante pra mim quanto pra ela, e por  depois de anos estar novamente fazendo o que eu amava.



Melissa R. Antonioli           8ª serie A
30º conto com a técnica do flashback


O mar

Semana passada, em pleno domingo de Páscoa, acordei tarde, perto da hora do almoço. Tomei uma xícara de café e logo em seguida um banho. 

Aprontei-me, coloquei uma de minhas melhores roupas e sai de casa, afinal iria comemorar o dia de Páscoa na casa da minha tia.

Fui com meus pais. Chegamos lá, cumprimentei a todos, alguns não via há muito tempo, outros encontrava quase todo dia.

Após almoçarmos, minha prima de 7 anos me chamou para ver a sua coleção de conchas e ao chegarmos na sala, ela já abriu seu potinho e espalhou todas sobre o sofá.

Peguei a maior concha que tinha e ela me mandou escutar o som dela. Aquele barulho, aquele barulho... Nossa aquele som maravilhoso do mar, que eu tanto adoro. A sensação de areia nos meus pés, a chegada tão esperada da onda com aquela água gelada, mas suficientemente boa para uma criança. Aquela brisa que toda praia possui... é tudo tão bom.

Minha priminha grita meu nome, pois não havia terminado de olhar sua coleção. Vi o resto das conchas dela e depois fomos tomar um sorvete.

Foi um belo domingo de Páscoa em família.


João Vyctor Brás dos Santos   8ª série A
29º conto com a técnica do flashback


Mescla de sabores e aromas

Era sexta-feira, e minha família estava toda na casa da minha avó. Normal, pois era sexta-feira santa. Já era quase a hora sagrada do almoço, quando todos se sentavam à mesa e comiam aquele belo bacalhau do meu avô, enquanto conversavam e bebiam vinho. Uma pena eu ainda não poder beber vinho.
Finalmente chegada a hora, fomos todos para a sala de jantar, onde eu (finalmente) me sentei à mesa dos adultos, e minha irmã, com inveja, sentou-se à mesa menor, das crianças. Todos nos servimos de arroz, batatas, salada, então meu avô veio da cozinha, com a bandeja onde ficava o enorme bacalhau com molho, batatas e tomate. O Aroma invadiu a sala toda, deixando a todos com água na boca.
Por estar sentando-me à mesa dos adultos pela primeira vez, deram-me a honra de pegar o primeiro pedaço daquele peixe salgado e delicioso. Cortei um pedaço bem grande e dourado (para compensar o vinho que não pude beber) e, após todos pegarem e brindarem, coloquei um pedaço suculento na boca. Aquele sabor, salgado, combinado com o gosto agridoce das batatas com o tomate... O molho suculento, laranja ,devido ao peixe...
Um dos sons mais contagiantes e engraçados do mundo é quando dois portugueses, após tomar muito vinho, começam a discutir. Ainda mais quando se chamam Manoel e Joaquim.
- Maldito seja, Manoel! Essa era a minha taça!
- O Raio que o Parta, Joaquim! Tenho certeza que não!
Eu ria muito da discussão dos dois portugueses, ainda mais por sua linguagem soar estranha para mim, um brasileiro. Meu tio tinha me trazido para aquele restaurante que julgava ser o melhor de Lisboa, porém era escondido e pequeno.
Mas eu não podia reclamar, a comida era boa mesmo. Havia uma fila enorme para fora da porta, esperando uma mesa para comer aqueles deliciosos peixes, tortas, e tomar um bom gole de vinho. Uma pena eu ainda não poder beber vinho.
Saímos do restaurante todos juntos, e seguimos a pé pela rua, cheia de outros restaurantes. Vi um azulejo pintado parecendo um quadro, em uma daquelas paredes antigas. A rua de ladrilhos me fazia parecer estar andando em uma cidade medieval, ainda mais por que havia uma antiga muralha ainda de pé, com alguns turistas por perto. Fomos para a parte nova de Lisboa e entramos em um grande shopping, com luzes coloridas e muitas pessoas. Paramos para tomar um café.
Eu não gostava muito de café, então fiquei apenas sentado, olhando as pessoas e como tudo aquilo era diferente... Então meu pai disse:
- Pegue um bolinho, filho.
Eu me virei, e vi uma porção de bolinhos de chuva, que estava sobre a mesa. O cheiro do bolinho, açúcar, quentinho...
- Quer um, Victor?
Minha avó estava com uma enorme travessa de bolinhos de chuva, vinda diretamente da cozinha. Olhei para o meu prato, meio sem entender, e percebi que já havia devorado tudo.
- Claro que sim, vó! – Disse, com um sorriso e água na boca.
Continuamos comendo os bolinhos, e as outras sobremesas de sexta-feira santa, como pavê e pudim, enquanto conversávamos sobre diversos assuntos. Minha família estava em um momento feliz. Todos continuavam bebendo vinho, mas eu ainda bebia refrigerante. Uma pena eu ainda não poder beber vinho.


Victor Motta  8ª série A
28º conto com a técnica do flashback


Geografia. Uma remota realidade. 
                                                                                                                                         

            A fala do professor de história é interrompida pelo sinal. Sons semelhantes a este representam as trocas de aula, o que significa também um alvoroço de pessoas no corredor.  Diante deste tumulto, surge o professor de Geografia, ligeiro ao se instalar para mais uma nova aula, como de costume. Todos se sentam rapidamente a fim de evitar um declínio de meio ponto na média, e então, sua breve explicação começa. Gosto muito dos assuntos tratados pela Geografia, principalmente quando é um dos melhores professores que nos explica, mas este assunto sobre a Coreia do Norte atacar os Estados Unidos me dá certo medo.

Está frio na sala. Sempre peço para aumentar o a temperatura do ar-condicionado, por que desse jeito não consigo prestar atenção na aula. O clima frio, o cheiro, o assunto...
         
          As filas eram enormes, tipicamente compostas por diferentes culturas, afinal, a Disney em si, se baseava no turismo. Não via a hora de chegar a minha vez. O Pateta era o preferido por ser divertido e carismático, e isso era altamente emocionante... Era fascinante. O tempo com o personagem era rápido, mas pelos míseros minutos, já valiam a pena. A mente presenciava uma situação que se era impossível desviar a qualquer outra coisa, totalmente sem pensar no que viria após aquilo. A pose espontânea diante das câmeras se tornava alvo para que o público não tirassem os olhos, a ver mais e mais situações hilárias.
            
            Como os Estados Unidos poderiam ser destruídos? Impossível, isso não é coerente as minhas experiências. O Victor explica que tudo está bem para eles, afinal, eles são a grande potência, praticamente uma muralha. Nossa, levo um tremendo susto desse jeito.

             O valor do dólar... o dólar da viagem...
          
             - Certo, Maria Lígia? Hã, o quê? Ah, claro!

   
             Infelizmente o professor acaba de abrir o conteúdo economia.

Maria Lígia Padilha Clemente    8ª série A

quarta-feira, 31 de julho de 2013

27º conto com a técnica do flashback


Viagem às pressas

Era domingo.  Eu estava deitada no sofá, pensando no que fazer, então por falta de opção decidi arrumar minhas coisas.

Comecei por um pequeno baú antigo que eu mesma fiz quando era menor. Quando o abri, a primeira coisa que vi foi um pequeno chaveiro na forma de um cavalo marinho. Comecei a girá-lo em minhas mãos, observando suas cores.

Minha mãe estava arrumando as malas para voltar a Campinas e insistia em que eu a ajudasse, mas não estava encontrando meu chaveiro.

Fui até meu pai e pedi para que ele me ajudasse a procurar meu querido objeto. Reviramos tudo do hotel, do nosso quarto até o hall do lugar, mas não o encontramos. Depois disso disse que não iria embora sem o chaveiro.

Brava, minha mãe dizia que o Pau de Arara* partiria em menos de uma hora e que não haveria tempo para comprar outro, mas meu pai, sempre otimista, disse que iria comigo até a loja, compraria o objeto e chegaria a tempo de pegar o veículo para voltar para casa.

Então, andamos pela praia até a loja onde tínhamos comprado o pequeno chaveiro. Quando chegamos ao lugar, comprei outro igual e voltamos apressados ao hotel, onde o resto dos turistas nos esperava impacientes.

Ouvi minha mãe me chamando para ir almoçar. Guardei o chaveiro e coloquei o baú de volta no armário, com um sorriso no rosto. Depois, fui até a cozinha.

* Pau de a Arara é um meio de transporte irregular, muito utilizado no Nordeste do Brasil.


Mariana Cotrim    8ª série B

26º conto com a técnica do flashback





Vem cá!

  Era um domingo de verão, quente e ensolarado. Estava na praia, deitada em uma cadeira de sol com um protetor solar, uma garrafinha de água e óculos de sol, esperando o dia acabar para poder voltar ao Hotel. 

  Sinceramente não gosto muito de praia, pessoas suadas correndo atrás de uma bola, areia em toda parte, água com sal e um sol de trincar a pele... Literalmente. Fecho meus olhos e ouço minha mãe me chamar:

  - Rafa, a água esta uma delicia! Vem cá!

  Sem abrir os meus olhos, apenas respondo que agora não.

  Ouço uma gritaria e ignoro, porém minha mãe fala de novo:

  - Rafa, a água esta uma delicia! Vem cá!

  Ao abrir meus olhos, estava em um parque aquático enorme, sem areia e água salgada. Corro em direção aos brinquedos. Admito aquela tarde foi boa, mas o sol já estava se pondo. Entro no último brinquedo, que era um escorregador. Ouço uma voz ao fim do túnel. Era minha mãe dizendo:

  - Vem cá!

  Ao sair do escorregador caio em pura água salgada e havia areia entre meus dedos. Ouço de novo:

  - Vem me ajudar a lavar esses potinhos que estão cheios de areia.

   Ah... não tinha jeito. Mas seria bom estar naquele parque novamente, e não em meio a tanta areia. Mas fazer o quê? Melhor tentar aproveitar o passeio.



Rafaela Mikami   8ª série B