sexta-feira, 17 de maio de 2013


6º texto com a técnica do flashback

Um Axé de Lembranças

Há alguns dias, em uma manhã de sábado, eu estava com bastante fome e esperando pelo almoço. Estava deitado no sofá da sala, vendo televisão, até que um carro passou em frente à minha casa, tocando uma música agitada, com o som muito alto. Um axé, um som bem baiano, da cantora Ivete Sangalo. Aquele ritmo... tão estimulante...
Meu irmão gritou para eu me apressar no meio da multidão à nossa volta, no show de axé, que já estava acabando, mas eu fiquei ali, queria continuar naquele lugar, onde a alegria e a energia eram contagiantes. Não conseguia ficar parado, estava eletrizado, assim como todas as pessoas ao meu redor. Todos dançando e cantando animadamente. Alguém falando comigo...
Minha mãe me avisou que o almoço estava pronto, e lá fui eu, para minha tão esperada refeição.
Vinícius Costa Salles    8ª série D

5º texto com a técnica do flashback

A viagem inesquecível­­

Eu estava em casa arrumando meu quarto e acabei achando brinquedos antigos: uma boneca de quando fiz um ano de idade e que minha vó tinha me dado, um carrinho que eu tinha pegado da decoração de uma festa de aniversário e também achei uma concha.
Coloquei-a no meu ouvido e escutei o barulho do mar, das ondas...  brincamos, jogamos bola, andamos de barco, conhecemos pessoas novas. O hotel, nossa, uma maravilha, com uma piscina gigante, um cachorrinho lindinho. Para ir até a praia tínhamos que atravessar o mar de balsa e com isso vimos golfinhos pulando. Fizemos castelo na areia. Eu morria de medo dos siris, medo que eles me mordessem.  Eu fiquei muito queimada do sol, na hora de dormir foi o maior sacrifício. 
Ouvi minha mãe me chamando, pedindo para que eu andasse mais rápido com a arrumação, pois tínhamos que comprar um presente por conta do aniversário que íamos ter à tarde.    
Guardei a concha, mas mantive sensação daqueles momentos tão maravilhosos. Realmente... inesquecíveis!

Luísa Beloto - 8ª série D


4º texto com a técnica do flashback

Uma noite de ano novo

Era noite de ano novo e eu estava me preparando para ver a queima de fogos na praia, em Caraguá, com a minha família. Tudo era diferente, tudo mudou em questão de um ano.
A queima de fogos começou e todas aquelas luzes, a alegria de um novo ano, era tudo perfeito. Aquelas figuras no céu... as mesmas cores, as luzes belas, o show pirotécnico incrível... ainda mais na Disney.
O dia estava muito frio e o parque estava lotado, chegamos animados para conhecer tudo e irmos a todos os brinquedos, aliás, tempo era o que não faltava, já que ficaríamos no parque das oito da manhã até meia-noite, a hora do ano novo.
O parque tinha como ponto principal  um enorme lago com várias atrações de determinados países ao seu redor, com comidas típicas e brinquedos que contavam a história de cada país.
Ao final de um longo dia, já havíamos conhecido todo o parque e já estava começando a escurecer quando a festa realmente começou. Baladas, fogos, shows, tudo muito lindo e animado.
Já se aproximava de meia noite e nós estávamos esperando ansiosamente a queima de fogos ao redor do lago, a única coisa que não colaborava era o intenso frio, mas nada nos desanimava.
Os belíssimos fogos começaram, e todos se animaram, comemorando mais um novo ano, com minha família e amigos. Ouvi o estouro de uma garrafa de espumante. Todos se abraçavam e festejavam. Então corremos para a água, para cumprir a tradição de pular as sete ondas.

Luana Dalan -  8ª série D


3º texto com a técnica do flashback

Perdi meu livro

Às vezes me surpreendo com minha distração. Sempre me supero nisso. Na semana passada procurei meus óculos pela casa toda, e eles estavam comigo, em cima do meu nariz.
Desta vez foi meu livro. Acho que vou procurar no meu armário. Nossa, faz tempo que não abro esta gaveta. E esse chapéu, que nem cabe mais em mim! 
Amanhã eu organizo tudo isso, se eu lembrar, claro.
Meu boné! A última vez que o usei...
Mãe... cadê meu boné? Será que eu o deixei no banco da montanha-russa? O parque já vai fechar, os fogos de artifício estão acabando. Aliás, eles estão lindos hoje! Aquele parece com um Mickey! Espera, aquele é o Mickey! Vou pedir um autógrafo! Que rato mais simpático... E onde está meu boné mesmo?
Achei! Finalmente, achei que nunca mais o veria, meu precioso livro. Nunca mais vou perdê-lo!
Fechei meu armário, e voltei à leitura. Mas... espera. Onde que eu guardei meu boné?

Matheus Drummond do Val    8ª série D

2º texto com a técnica do flashback
As lembranças vão na mala
Puft! Fui atingida por toneladas e toneladas de fotos e álbuns de fotografia. É, quando mamãe dizia para arrumar esse armário, ela estava realmente falando sério.
Em meio a tantas e tantas fotos, uma me chamou a atenção. Depois de muito observá-la, conseguia sentir até mesmo a areia no meu pé, o cheirinho do mar, o barulho das andas quebrando, os adultos conversando, as crianças brincando... Ah! As crianças... Essa risada gostosa, tão sutil e ao mesmo tempo estridente, tão sincera... E esse rostinho de quem vai aprontar alguma? Esse olhar sapeca brilhando na direção do mar, da areia, de tudo e todos, como se examinasse cada detalhe de um novo mundo com uma perspectiva totalmente diferente.
E lá ia eu, deixando meu calmo e tranquilo mundo paralelo para ir atrás de uma miniatura de gente que corria em meio às gargalhadas pela praia lotada, em direção ao mar, para meu desespero e da minha mãe, é claro.
Calma e tranquilidade não combinavam com a situação então “desci do salto” e perdi a compostura.  Saí pela praia gritando por meu irmão, para que voltasse o mais rápido possível, porém, isso não poderia ser conseguido com facilidade.
É... nossas viagens nunca foram de plena leveza e descanso e a falta de medo e noção dos perigos do Rafa, meu irmão, sempre foram os principais motivos para tais situações, mas sempre tornaram as viagens tão memoráveis e inesquecíveis ao ponto de deixar-me sorrindo como boba ao olhar fotos como esta. Momentos que me fazem sentir falta de cada gargalhada, brincadeira e, claro, de todas as maratonas atrás desse  homenzinho de nossa família!

Marina Maldonado – 8ª série D

1º conto com a técnica do Flashback

Noite de ano novo

O relógio marcava 23 horas. Todos estavam ansiosos. Eu estava com minha família na Riviera e já estávamos todos prontos para receber o novo ano, com a queima de fogos na praia.
Esse momento é esperado e praticado por muitas famílias e amigos. Exatamente por isso, a praia estava lotada. Nós estávamos lá também, aguardando ansiosamente a queima dos fogos. Depois passaríamos pelo famoso ritual de “pular sete ondinhas” e assim acreditávamos começar o ano bem.
Finalmente o momento chegou. Era meia-noite.  A linda queima de fogos ocorreu com os abraços e cumprimentos, todos desejando um ótimo ano novo. Eu fiquei observando os fogos, abraçada com minha mãe, mas sentia que algo me faltava. Foi quando o que ocorria ao meu lado me chamou a atenção. Lá estava outra família, mas não era isso que prendia a minha atenção, e sim a cena de um abraço entre uma neta e uma avó...
No hospital, eu ao lado de minha avó, de mãos dadas, uma olhando para a outra, sorrindo como sempre fazíamos. Esquecia de tudo em momentos como esses e só sentia o amor que existia entre nós e a nossa ligação, impossível de qualquer um entender. Logo, seguiu um abraço, o mais intenso e forte possível, percebia com clareza a paixão e entrega existente naquele abraço. O último.
Senti o abraço de minha mãe. Parecia que ela havia percebido e me falou para que eu sorrisse, pois minha avó sempre estará presente.  Sempre. 

Larissa Scolfaro Nogueira - 8ª série D







Redação: inspiração, persistência, técnica e emoção.
Os jovens surpreendem. Contestam, exigem seus direitos, fazem manifestações.

Isso é ótimo. Sinal de movimento, de busca, de início de vida.

Por conta desse aspecto, creio que a maior surpresa ocorra quando visualizamos o lado sensível dos jovens.

Pois é, eles também o têm.

Nestas linhas em que desnudam a alma e apresentam seus pensamentos e sentimentos, eles não apenas surpreendem; eles nos emocionam.

Fico feliz em compartilhar um pouco desses maravilhosos seres, com quem tenho a alegria de partilhar meu cotidiano em sala de aula.

Beijos a todos!

Professora Cláudia